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segunda-feira, 26 de junho de 2017

O valor demonstrativo dos milagres, por Padre Giuseppe Casali






Suma

de
teologia dogmática
Padre Giuseppe Casali

[Tradução: Gederson Falcometa]
Nihil obstat
Luca, 2 de fevereiro de 1956
Can. P. Lazzarini Cen. Ecci.
IMPRIMATUR: Lucae, 11 februari 1956
Can. V. Del Carlo V. G.

Tese – Os milagres são sinais certíssimos da revelação divina e aquela doutrina em favor da qual veem operados deve se reter com certeza como revelada por Deus.

É certo filosoficamente
Teologicamente de fé

As circunstâncias que acompanham um milagre nos permitem com facilidade reconhecer se foi cumprido para a confirmação de uma dada doutrina.
Alguns milagres se apresentam expressamente contendo operações em confirmação da doutrina. Em São Mateus (9,6) a cura do paralítico é claramente afirmada como prova do poder de perdoar pecados. Na cura do cego de nascença Jesus predisse que este milagre se cumprirá “a fim de que se manifestassem as obras de Deus” (Jo 9,3). Na ressurreição de Lázaro, Jesus, ora ao Seu Divino Pai para ouvi-lo “a fim de que creiam que Tu me enviaste” (Jo 11, 42).
Outros milagres são prova da doutrina implicitamente. De fato, se alguém recebe um milagre pela oração, é claro que Deus aprova a fé doutrinal que está na base desta oração.
S. Tomás, a provar a nossa tese, traz este argumento: ”Qualquer milagre se cumpre apenas por virtude divina e Deus não é jamais testemunha do falso. Por isso digo que toda vez que um milagre advém em testemunho de uma doutrina pregada é necessário que aquela doutrina seja verdadeira”. (In Joann. 9, 3.8).
Em caso contrário Deus se tornaria responsável por um erro de que o homem não poderia render conta e isto repugna a sua sapiência e bondade.
Por isso o milagre é considerado por toda a tradição católica, resumida na frase do Concílio Vaticano, já citado: “sinal certíssimo da revelação” a qual é coligada.
Nas falsas religiões, como dissemos, não se dão verdadeiros milagres, porque:
a)Ou são historicamente incertos, como alguns pretensos milagres da antiguidade pagã, isto é, por exemplo aquele de Esculápio, Apolo, Iside;
b)Ou são obra diabólicas que darão os seguimentos na imoralidade e nos maus efeitos que produzem e por isso não se podem atribuir a Deus;

c)Ou não são a confirmação de toda a doutrina, mas só de alguma verdade.
S. Agostinho conta a história de uma vestal que com um vaso furado tirou água do Tibre e a levou sem perder lhe uma gota em prova de sua virgindade. S. Tomás (De Potentia 6. a 5) disse que não é impossível que o verdadeiro Deus, para aprovar a virtude da castidade, tenha feito por meio dos seus Anjos, este milagre, porque também as coisas que foram boas em meio aos pagãos, vieram de Deus.
Deus então pode operar o milagre para aprovar uma singular verdade, seja de ordem natural, como de ordem sobrenatural. Assim, se conta sobre os verdadeiros milagres feitos pelo missionário cismático, certo Padre João de Cronstad, para confirmar a verdade da presença de Jesus na SS.ma Eucarístia.

Suma de Teologia Dogmática, Giuseppe Casali, 1956
Disponível para download (em italiano) no site de D. Curzio Nitoglia:
http://www.doncurzionitoglia.com/libri_scaricabili_gratis.htm


Fonte: http://salveregina.altervista.org/blog/arquivos/1386

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